Significado da Sigla LGBTQIA+ e Bandeiras LGBT

Você quer saber o significado da sigla atual?
Nada melhor que os próprios LGBTI+ te contarem. Vem cá!

Antes de falarmos o que representa cada letra da sigla, é importante explicarmos sobre alguns conceitos mais gerais, assim você entenderá melhor cada orientação sexual e identidade de gênero representadas na sigla da diversidade.

O que é orientação sexual e identidade de gênero?

A orientação está ligada aos relacionamentos afetivos e sexuais. Heterossexuais se atraem por pessoas do gênero oposto, homossexuais se atraem por pessoas do mesmo gênero, já aquelas pessoas que se interessam por indivíduos do mesmo ou de qualquer outro gênero são consideradas bissexuais.

A identidade de gênero se refere a como a pessoa se identifica, sendo mulher ou homem. O cisgênero é quem se identifica com o gênero que lhe foi atribuído ao nascimento. O transgênero é o oposto do cis, aquele que se identifica com um gênero diferente do que lhe foi dado ao nascimento. Nestes casos, as pessoas tem o direito garantido por lei de acessar o processo transexualizador através do SUS, para fazer readequação sexual.

Quem não se identifica nem como homem e nem como mulher são chamados de não binários. No entanto, pode acontecer das pessoas assexuais sentirem atração por um dos gêneros (ou ambos) em situações específicas.

É uma escolha ser gay, lésbica, bissexual, travesti, pessoa trans, intersexo, entre outros?

Definitivamente não. A sexualidade de cada pessoa surge independente das referências, estímulos ou experiências que se possa viver. Portanto, se seu filho ou filha se entende como LGBTI+, não há razão para que ninguém se sinta culpado(a). É algo da natureza humana, que por muitos anos foi reprimido e condenado por valores religiosos, mas que hoje, felizmente, se entende como natural. Não há porque culpar seu filho ou filha, muito menos culpar a si mesmo, sua esposa/marido ou as companhias que seu filho ou filha possui.

Se na sua família há alguém que seja LGBTI+, acolha, demonstre que você está ali para apoiá-lo(a) e que independente de forma como ele se reconheça, você sempre estará ao seu lado. Acredite, o processo de se reconhecer como LGBTI+ pode ser muito difícil para algumas pessoas, que temem a rejeição da família, dos(as) amigos(as) e o preconceito da sociedade. Tornar esse processo ainda mais tumultuado, pode causar ainda mais dor e sofrimento à pessoa e à família.

Existe cura para quem é LGBTI+?

Ser LGBTI+ não é uma doença, logo, não há que se falar em “cura”. Infelizmente, por muito tempo as pessoas LGBTI+ era expostas à diversas formas de violência, inclusive por parte da família, sob o argumento de que essa pessoa precisava ser curada. Jovens gays eram levados à casas de prostituição, meninas lésbicas eram estupradas, pessoas trans eram internadas em clínicas psiquiátricas, entre outros horrores que provocavam danos profundos no psicológico dessas pessoas. Felizmente, em 17 de maio, em 1990, que a homossexualidade deixou de ser considerada uma doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Significado da Sigla LGBTQIA+

Agora assim conseguimos falar sobre a sigla do nosso movimento, que já mudou tanto ao longo dos anos, não?! Lembra quando era GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes)?

Atualmente utilizamos LGBTQIA+ e explicamos cada parte dela aqui:

O L é de LÉSBICA – Mulheres que exclusivamente se relacionam afetiva e sexualmente com outras mulheres.

O G é de GAY – Homens que exclusivamente se relacionam afetiva e sexualmente com outros homens.

O B é de BISSEXUAL – Pessoas que sentem atração afetiva-sexual por mais de um gênero.

O T é de TRAVESTI* – Identidade latino-americana, em que algumas travestis se entendem mulheres enquanto outras se entendem fundalmentamente como travestis, estabelecendo um terceiro gênero para além do binarismo homem e mulher. É importante constar que, apesar dessas duas possibilidades dentro da mesma identidade, todas as Travestis devem SEMPRE ser tratadas no feminino.

O T é de TRANSSEXUAIS* – Pessoas que se identificam com o gênero mulher ou homem, mas que não foram assim designadas quando nasceram.

* As identidades Travesti e Transsexuais são independentes de qualquer procedimento cirúrgico que a pessoa escolha fazer.

O Q é de QUEER – Identidade estadunidense que se refere às pessoas que tem uma prática de vida que é contra as normas e os padrões culturalmente impostos.

O I é de INTERSEXUAIS – Pessoas que nascem com variações biológicas na anatomia reprodutiva ou sexual

O A é de ASSEXUAIS – Pessoas que não sentem atração sexual por outras pessoas de forma total, parcial, condicional ou circunstancial.
Essa é a definição concensual sobre a assexualidade mas que ainda não abrange todes. É uma identidade de construção recente e que está em discussão na comunidade assexual brasileira.

Apesar disso, podemos dizer de antemão que a assexualidade difere-se completamente dos conceitos de celibato (uma escolha) e de desejo sexual hipoativo (por patologia ou efeitos colaterais de medicações ou mesmo por conta de violências sexuais ou outros traumas vividos).

O + representa as demais identidades – Por considerar a complexidade e a multiplicidade de identidades que existem, o movimento LGBTI+ adotou esse símbolo na sigla para representar toda essa diversidade dentro da diversidade.

Não-binaries:

Pessoas que não se identificam com o padrão binário de gênero (mulher e homem).
Engloba pessoas agêneras e de gêneros fluidos.

Pansexuais:
Pessoas que sentem atração afetiva-sexual por outras pessoas, independetemente do sexo e do gênero, ou seja, se são não-bináries, transsexuais, travestis, mulheres ou homens.

Para informações complementares, você pode acessar o conteúdo produzido pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).

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Bandeiras LGBTQIA+

Bandeira LGBT

A mais conhecida do mundo é a bandeira LGBT, que representa a diversidade de identidades de gênero e de orientações sexuais.

Bandeiras Lésbicas

Bandeira Gay

Bandeira Bissexual

Bandeira Trans

Bandeira Intersexual

Bandeira Assexual

Bandeira Não-Binariedade

Bandeira Pansexualidade